General Informations
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Wingspan
Nests : location, seasons and description
Hábitat
Bordas e clareiras da floresta; sítios, pomares e cafezais próximos a áreas florestadas.
Locais de observação dos ninhos
Arcos, Minas Gerais (1 ninho), Monte Gordo, Bahia (3 ninhos), Quebrangulo (11 ninhos)
Epoca da reprodução
De março à maio em Quebrangulo, o que corresponde a época de chuva nesta região.
O ninho
Em forma de uma bola com entrada lateral, feita de gramíneas secas, pecíolos e nervuras ressecadas de folhas, com estrutura macia na parte interna revestida de filamentos pretos do fungo Marasmus sp.
Dimensoões : diâmetro exterior 12 cm, altura exterior 15 cm, profundidade interna 9 cm, diâmetro de entrada 3 cm (6 ninhos). Peso 50 g (1 ninho).
Eggs and young
Ovos e postura
Postura média de 4,4 ovos (13 ninhos). Fundo bege ou verde claro, inteiramente pontilhado com pequenas manchas marrons formando uma coroa no polo redondo. Dimensões: 17,8 x 13,5 mm, peso 1,5 g. Forma oval à oval pontiagudo.
Incubação
13-14 dias (2 ninhos),15-16 dias (2 ninhos), 17 dias (1 ninho),
Jovens
Nascem com o corpo nu, sem penugem, com a pele de cor cinza, roxo escuro nas costas e roxo claro na barriga. O bico é cinza escuro com a ponta preta, comissuras amarelo vivo e garganta vermelho escuro. Pernas e pés arroxeados, unhas brancas.
O jovem prestes a voar tem a plumagem inteiramente verde, bico cinza escuro com comissuras amarelas, pernas cinzentas.
Permanência dos jovens no ninho
De 13-14 dias (3 ninhos), 15-16 dias, (3 ninhos), 17-18 dias (2 ninhos).
A permanência no ninho é muito variável, mas a taxa de sucesso é alta: em 14 ninhos, 10 foram bem succedidos, em três ninhos os filhotes morreram e em apenas um ninho houve predação.
General behavior
Comportamento geral
É uma espécie frugívora e tanto procura frutos silvestres que frutos cultivados. Imita o canto de outras aves, como aves de rapina, sabiás Turdus sp e icterídeos Icterus sp. Vivem aos casais por todo o ano e fora da estação reprodutiva podem se juntar a outras espécies de Tangaras em busca de alimento.
Pesquisa realizada na América Central menciona que tanto o macho quanto a fêmea imitam outras aves, mas apenas o macho tem um canto próprio, além das imitações. O estudo também cita que as imitações são aprendidas e reproduzem o som emitido por espécies com as quais coabita, geralmente vocalização de alarme ou chamados. Segundo os pesquisadores, foram identificadas 17 espécies imitadas e que imitações feitas pela fêmea no momento em que está no ninho pode ser um caso de mimetismo vocal, tendo a imitação do alarme de outra espécie o intuito de repelir intrusos2.
Os dois adultos constroem o ninho, mas só vimos a fêmea incubando. São muito fiéis ao seu local de nidificação e, às vezes, reocupam, com ou sem reparos, o mesmo ninho de ninhada anterior. Em Quebrangulo, por vários anos, encontramos seu ninho na base de uma bromélia Tillantsia sp. fixada à parte superior de uma parede rochosa, pendente sobre uma fenda de cerca de 50 m de altura, em uma clareira da floresta.
Em outra clareira formada com rochas, um ninho foi encontrado entre folhas de um grande aglomerado de bromélias rupícolas, a 8 m do solo. Nessa mesma planta havia um ninho do pássaro sete-cores Tangara fastuosa contendo 3 filhotes. As duas espécies nidificaram independentes e coexistiram pacificamente. Os jovens dos dois ninhos voaram mais ou menos nas mesmas datas.
Na mesma clareira, um ninho construído na cesta de uma orquídea ornamental a 2 m do solo, foi reocupado várias vezes. Em 20 de março de 2002, quatro jovens voaram acompanhados pelos pais e 10 dias depois, em 30 de março de 2002, a fêmea de outro casal já havia posto seu primeiro ovo. Em 08 de maio de 2002, os filhotes desta segunda ninhada também voaram. Em junho do mesmo ano, o ninho foi novamente ocupado por um casal. Não ssabemos se eram os casais anteriores ou um novo casal.
Um único ninho foi encontrado em campo aberto, relativamente longe da floresta, construído na articulação do tronco de um mandacaru Cereus sp.
Estudos realizados na América Central indicam que esta espécie é quase exclusivamente frugívora, tendo sido observada obtendo os frutos que crescem muitas vezes em epífitas bem perto das copas das árvores. De acordo com os autores, na tarefa de buscar o alimento a ave coloca-se de cabeça para baixo, acomoda-se de lado e por cima e até paira no ar por alguns momentos para colher o fruto.
Os pesquisadores constataram também que a espécie se alimenta em diferentes estratos da vegetação. Em 180 registros foi verificado que em 85 vezes ela se alimentou em árvores mais altas que 6 m e em 95 ocasiões ela obteve o fruto em árvores com até 6 m de altura do solo. Os pesquisadores tambem observaram que ela se alimenta de pimentas, colhidas diretamente na planta que tem menos de 3 m de altura do solo1.
Field notes
Entre em contato com a autora para mais informações: info@avesbrazil.org