General Informations
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Wingspan
Nests : location, seasons and description
Habitat
Florestas em locais mais úmidos e também em locais secos, cerrados, campos-sujos, matas de galeria, palmeirais, penhascos e vales arborizados1,3,7,8.
Locais de observação dos ninhos
Alto Parnaíba, Maranhão (1 ninho), Poconé, Mato Grosso (1 ninho).
Época de reprodução
Agosto a dezembro nas duas localidades.
Mesma época indicada por em estudos realizados em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul3,6.
O ninho
Um dos ninhos que localizamos em Alto Parnaíba, no Maranhão, estava a 30 m de altura do solo em uma cavidade rochosa de um penhasco. Já o outro ninho fora instalado pelo casal de Amazona aestiva no tronco de uma palmeira seca a 2 metros de altura acima do solo, no município de Poconé, Mato Grosso. Nossas observações reforçam as informações científicas já existentes sobre as características de nidificação dessa espécie: o papagaio-verdadeiro instala seus ninhos em cavidades pré-existentes de árvores, palmeiras, em rochas ou barrancos1,3,7,8.
Os ninhos que encontramos possuíam diâmetros de entrada de 13 e 20 cm, ambos com um corredor de entrada de cerca de 1,5 m de comprimento até a câmara de incubação (2 ninhos).
Eggs and young
Os ovos
Postura de 2 ovos (1 ninho). Como é característico da família Psittacidae, os ovos de A. aestiva são inteiramente brancos.
A postura pode variar entre 1 e 6 ovos, segundo estudos realizados no Pantanal sul mato-grossense e na Argentina2,6.
Dimensões : 38,3 x 26,9 mm, peso 17,2 g, segundo pesquisas realizadas no Mato Grosso do Sul.6
Incubação
26 a 30,5 dias, segundo pesquisa realizada na Argentina com papagaios em liberdade.2
Os jovens
Pudemos observar alguns ninhegos de cerca de 15 dias de idade. Nesse momento da vida os papagaios-verdadeiros ainda estão nus e com a pele rosada. Porém é possível notar o que nessa fase começam a aparecer as primeiras penas verdes em suas asas.
Saída do ninho
52 dias (1 ninho).
Cerca de 60 dias, segundo pesquisa realizada na Argentina2.
General behavior
Comportamento geral
Esse é um dos papagaios mais conhecidos e mais famosos da avifauna brasileira. Ocorre desde o nordeste até a região sul, passando pelo centro-oeste, sudeste e alguns poucos pontos da região norte, e vale lembrar que é uma espécie residente em todas essas regiões5,7,8. Mesmo com toda a sua fama – é o psitacídeo mais apreciado pelo comércio ilegal por ser considerado o mais “falante” – e mesmo que não esteja em nenhuma lista de animais ameaçados, as populações de A. aestiva estão diminuindo bastante em suas localidades de ocorrência, como é o que acontece em Minas Gerais, por exemplo, segundo pesquisadores3. Desmatamento descontrolado e criminoso, além de uma implacável perseguição aos ninhos para a captura desumana de adultos e filhotes que abastecem o comércio ilegal de animais silvestres, são duas das principais causas que prejudicam a sobrevivência do papagaio-verdadeiro1,2,3,4,6,8. Em Alto Parnaíba, no estado do Maranhão, notamos que essa ainda é a espécie mais visada pelos caçadores e gaioleiros, o que infelizmente atenta contra as suas populações.
No município de Poconé, no Mato Grosso, por outro lado, o papagaio-verdadeiro é tão familiar e, até certo ponto, acostumado com os humanos, que o casal que acompanhamos nidifica há anos no mesmo oco de uma palmeira que fica muito próximo da casa de uma fazenda. Outros estudos também registram esse comportamento de reutilização de locais de nidificação o que deixa muito claro que essa espécie é bastante fiel às cavidades onde instala seus ninhos1,3,6. Pode ser observado que quanto maior for o sucesso reprodutivo de um casal em seu ninho, maiores as chances deste retornar à mesma cavidade na próxima estação reprodutiva1,6. Segundo dados levantados no Chaco argentino, mais de 60% das fêmeas reutilizam as mesmas cavidades para criar seus filhotes1.
Por isso é tão importante a manutenção e a preservação de áreas naturais, especialmente aquelas que tenham uma alta qualidade ambiental, pois maior será a disponibilidade de locais nos quais esses papagaios possam se reproduzir. Dessa maneira, mesmo que chuvas intensas, ventos fortes, parasitas e predadores possam acabar com os ninhos e os ovos – pois são os principais fatores de insucesso reprodutivo e, consequentemente, de abandono de ninhos6 –, os papagaios poderão encontrar outros locais seguros para perpetuarem a espécie.
Uma das características desta espécie é o voo sempre aos casais, ao amanhecer e ao entardecer, ao chegar e partir de seu dormitório. Esses papagaios voam a alturas consideráveis, batendo suas asas de forma rápida e pesada e vocalizando quase que sem interrupção. São sons melodiosos, enrolados, como “criou-criou-criou-criou” ou “quéia-quéia”. São vocalizações inconfundíveis, as quais os jovens também emitem juntamente de seus pais durante as várias semanas que vivem com estes após a saída do ninho. Seja aos casais somente, seja aos casais com seus filhotes já em idade de voo, os papagaios-verdadeiros têm um comportamento gregário, ou seja, é muito comum juntarem-se em bandos para dormir ou forragear (sua dieta é composta por sementes e frutos)3,8. Esses bandos costumam diminuir de tamanho durante a estação reprodutiva, pois os casais passam a dormir em locais próximos de seus ninhos3.
Field notes
Entre em contato com a autora para mais informações: info@avesbrazil.org