General Informations
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Wingspan
Nests : location, seasons and description
Hábitat
Lagos e pântanos cobertos de arbustos. Margens vegetadas de cursos d’água.
Localidades de observação dos ninhos
Quebrangulo, Alagoas (21 ninhos), Altamira, Bahia (2 ninhos), Poconé, Mato Grosso (2 ninhos), Arcos, Minas Gerais (1 ninho).
Época de nidificação
Em Quebrangulo, a maioria a maior parte dos ninhos foi encontrada em junho, quando as chuvas eram mais intensas, mas também encontramos 2 ou 3 ninhos em cada mês do ano, exceto na época seca de setembro a novembro.
Em Poconé, nidificou de novembro a fevereiro, e em Arcos, no mês de outubro.
O ninho
O ninho é esférico, possui uma entrada lateral e geralmente é fixado em um galho de um arbusto, geralmente localizado acima de um corpo d’água. É feito com um agregado de ervas secas, entrelaçadas com tufos de paina de algodão na parte mais baixa. É bem compactado e ao ser tocado tem semelhança com papel machê. O seu interior é forrado com plumas e penas e a abertura da entrada é protegida por grama seca pendente. A construção dura de 15 a 18 dias (2 ninhos).
Um ninho estudado por outros pesquisadores no estado de São Paulo foi construído junto a uma antiga estaca de cerca, preso ao fio de um arame farpado.a aproximadamente 20 cm acima da água1.
Eggs and young
Ovos e postura
Posturas de 3 ovos (22 ninhos), de 2 ovos (12 ninhos). Os ovos são inteiramente brancos. Têm forma oval pontiaguda e piriforme longo.
Em um ninho estudado no Suriname a postura também foi de 2 a 3 ovos inteiramente brancos e brilhantes3.
Incubação
18 dias.
Ninhegos
Os ninhegos nascem com a pele cinza-arroxeado escuro. O corpo é coberto de finas plumas esparsas, compridas e ramificadas com bárbulas. A garganta é amarelo escuro, a parte de cima do bico é cinza ardósia e a parte de baixo do bico é alaranjada. A ponta do bico é preta e as comissuras são amarelo-claro.
General behavior
Comportamento geral
Na maioria das vezes permanece imóvel em um poleiro que se destaca acima da vegetação aquática. Desse posto de observação ele caça insetos, capturando-os em voo e retornando ao poleiro. Foi visto compartilhando o seu habitat com a lavandeira Fluvicola nengeta, porém é mais arisco que ela e dificilmente se aproxima das habitações. Os ninhos das duas espécies são frequentemente encontrados no mesmo arbusto, muito próximos um do outro.
Parece que somente a fêmea incuba os ovos e após a eclosão macho e fêmea participam da alimentação dos filhotes em ritmos desiguais de um ninho ao outro. Porém, observamos três vezes que o macho era mais dedicado na alimentação do que a fêmea após a saída dos filhotes do ninho.
Contudo, pesquisas realizadas no estado de São Paulo relatam que, em aproximadamente 6 horas de observação, a fêmea alimentou os filhotes com mais frequência, em média 13 vezes a cada hora, enquanto o macho alimentou apenas uma única vez1.
De acordo com os pesquisadores, os filhotes foram alimentados predominantemente com insetos, dentre eles 27 libélulas, 15 grilos, 9 borboletas, 9 besouros, 4 moscas, 1 percevejo e 1 vespa. Os insetos eram na maioria das vezes capturados a partir de investidas rápidas da ave, que quase sempre se mantinha pousada a baixa altura e partia em direção aos mesmos na vegetação aquática, em voo, ou na superfície da água.
Eles também mencionam que após alimentar os filhotes no ninho, os sacos fecais foram removidos quase todos pela fêmea, que os levou com ela em 15 ocasiões, enquanto o macho levou somente uma vez.
Segundo os pesquisadores, o baixo esforço do macho e sua pouca participação na alimentação dos filhotes deve-se ao aumento do risco de predação ao ninho, haja vista a coloração de sua plumagem ser mais vistosa e mais facilmente detectada por predadores durante seu deslocamento ao ninho, ao contrário da fêmea que tem um padrão de plumagem mais discreto de coloração cinza opaco. Além disso, foi observado pelos autores que o macho desempenha um maior papel na defesa do território contra intrusos indesejáveis, conforme constatado quando um macho perseguiu e expulsou uma lavadeira-mascarada em defesa de seu território e do seu ninho.
Outros pesquisadores realizaram estudos sobre o comportamento de forrageamento dessa espécie na região Sudeste do Brasil e mencionaram que os poleiros utilizados para a caça situavam-se em alturas menores que 2 m. Segundo os autores da pesquisa, os insetos eram capturados no mesmo nível de sua posição no poleiro ou abaixo desse ponto de observação, sendo que a maior parte das presas foram capturadas na superfície da água2.
Há relatos de que essa espécie é parasitada pelo Molothrus bonariensis, conforme observado no Suriname, em três ocasiões. Em uma delas, um ninho foi encontrado com três ovos da ave parasita; em outro ninho foi encontrado um ovo podre da freirinha e um filhote da ave parasita e, em um terceiro ninho encontrado, havia um filhote da ave hospedeira e um ovo da ave parasita3.
Field notes
Entre em contato com a autora para mais informações: info@avesbrazil.org