General Informations
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- Female size: / male size:

Wingspan
Nests : location, seasons and description
Hábitat
Bordas de floresta vizinhas a manguezais, matas ciliares, áreas de restinga e capões de arbustos sempre próximo a áreas alagadas.
Localités d’observation des nids
Quebrangulo, Alagoas (6 ninhos), Monte Gordo, Bahia (38 ninhos)
Epoca de reprodução
De janeiro à abril em ambas as localidades, com maior número em fevereiro-março.
O ninho
Tem a forma de uma taça profunda, bastante rígida e maciça. Dentro do material usado por fora são tiras bastante largas e macias de folhas secas e flexíveis, de bananiera, de palmeira ou ramagens de cipós. Fragmentos de lichens ou musgos são incorporados na estrutura externa. Muitas vezes observamos que a estrutura externa também continha pedaços de material de uso humano como par exemplo cordões de barbante ou pedacinhos de tecido. O interior a forrado com raizes finas.
Em Monte Gordo, constrói o ninho no meio de um arbusto isolado, em média 1,2 m do solo (extremos: 0,5 – 3 m), com acesso livre por pelo menos três lados.
Em Quebrangulo, foi encontrado ninhos em diferentes espécies arbóreas, como mangueiras e jaqueiras, bem como em touceiras de lianas ou cachos de bananas, em alturas que variavam de 2,5 a 5 m do solo
Dimensões : Diâmetro externo 11 cm, diametro interno 6,5 cm, altura externa 8,5 cm, profundidade 5,5 cm (5 ninhos). Peso 18 g (1 ninho), 26 g (1 ninho).
Outras pesquisas realizadas no estado do Rio de Janeiro mencionam que dentre as dezenas de ninhos observados todos tinham a forma de uma tijela bem elaborada e que apresentavam camadas constituídas quase sempre do mesmo material, sendo que a diferença mais marcante entre esses diversos ninhos era, somente a espessura dos mesmos. Os ninhos eram compostos na parte externa por pedaços de samambaia, dispostos em forma circular e pouco entrelaçados, impregnados com paina, líquens e teias de aranha, entremeados com folhas e fibras vegetais secas, que formavam uma camada intermediária. A camada interna era preenchida por uma camada espessa de radículas de Phillodendron sp e outras fibras vegetais secas arrumadas de forma concêntrica1.
Os ninhos estavam situados em meio à folhagem dos arbustos, na borda de moitas extensas ou em pequenas moitas isoladas em alturas que variavam entre 0,55 m e 3,3m.. Apresentavam as seguintes médias de dimensões: Diâmetro externo 11,6 mm, altura externa 8,3mm, diâmetro interno 7,1 mm, profundidade 4,8 mm1.
Eggs and young
Os ovos
Postura média de 2,1 ovos (34 ninhos).
Fundo azul esverdeado pálido com manchas e às vezes linhas sinuosas pretas ou marrons muito escuras no polo arredondado.
Dimensões: 24,2 x 17,9 mm (21 ovos). Forma oval (9 ovos), tipo curto oval (4 ovos). Peso: 4,1 g (22 ovos).
Nos ninhos estudados no estado do Rio de Janeiro foi verificado que a postura era de dois a três ovos de coloração azulada com manchas negras espalhadas por toda a superfície, às vezes em maiores proporções em um dos polos ou no meio do ovo2. Apresentavam 23,2mm x 17,03mm de dimensões médias, forma oval ou pontiagudo suave. A postura média foi de 2,2 ovos1.
Incubação
13 dias (2 ninhos)
Outros estudos apontam que o período de incubação ficou entre 12 e 14 dias2. Apenas a fêmea foi vista incubando1.
Ninhegos
Pele marrom-avermelhada com uma fina penugem cinza esparsada na região dorsal. Bico marrom com as comissuras branco marfim, garganta laranja brilhante no centro e vermelho mais escuro nos cantos.
Permanência dos jovens no ninho
11 dias (1 ninho), 12 dias (1 ninho), 13 dias (2 ninhos).
Nas observações de outros autores, os filhotes permaneceram no ninho por um período de 9 e 10 dias e deixaram o ninho antes de adquirir a completa capacidade de voo. Geralmente deslocavam-se pelas moitas saltando para os galhos mais altos de onde fazem voos curtos para as moitas vizinhas. Foi verificado que com dois meses de idade o filhote ainda pedinchava comida para a mãe enquanto ela incubava os ovos de uma postura recente e que até os três meses pedia alimento para os machos adultos embora já fosse capaz de se alimentar sozinho dos frutos relativamente abundantes das árvores e arbustos1.
General behavior
Comportamento geral
Move-se em pequenos grupos, constituídos por várias fêmeas e/ou imaturos e um ou dois machos adultos. Extremamente inquieto e arisco. O grupo emite continuamente pequenos gritos e alardeios enquanto se deslocam pela vegetação e entre as ramagens. Alimenta-se de frutas e bagas e de insetos.
O casal constrói o ninho, mas parece que apenas a fêmea incuba os ovos. Permanece fiel ao seu local de nidificação, tanto que em mais de uma ocasião foram encontrados novos ninhos nos mesmos arbustos, de um ano para o outro. O novo ninho é frequentemente construído a alguns centímetros do antigo. Em Monte Gordo, muitas vezes nidifica em arbustos invadidos por uma trepadeira muito flexível (a ser identificada), da qual utiliza fragmentos para a construção do ninho, que fica, desta forma, muito bem camuflado.
De acordo com os estudos feitos no estado do rio de Janeiro, a coleta de material e a construção do ninho cabe somente à fêmea. Também foi observado que elas parecem ser fiéis aos locais de construção do ninho, tendo sido encontrado novos ninhos em moitas onde havia ninhos antigos ou ainda acontecer da fêmea construir um novo ninho no mesmo ponto ou no mesmo ramo onde havia um ninho antigo1.
Embora não tivesse presenciado no local durante os seus estudos de campo, pesquisadores mencionam haver documentado pasitismo de Molothrus bonariensis no ninho de Tiê-sangue em outros locais do Rio de Janeiro. Segundo os autores, no ninho encontrado com três ovos, um deles era de Molothrus bonariensis1.
A participação de outros indivíduos como ajudantes de ninho foi registrada por outros autores. Eles observaram grupos em que a fêmea era acompanhada por dois ou três machos, mas também viram grupos mais numerosos. Geralmente os machos permanecem no grupo por cerca de três gerações, enquanto a fêmeas dispersam para outros grupos antes do período reprodutivo seguinte. Os grupos maiores observados eram constituídos por fêmeas não aparentadas, vindas de outro grupo e machos de gerações sucessivas com diversos graus de parentesco.
Geralmente são os machos jovens que participam como ajudantes de ninho e cuidado com a prole. A alimentação da prole pelas fêmeas foi observada, porém em menores proporções1.
Em relação à alimentação, em outras pesquisas realizadas sobre a dieta dessa espécie na região sudeste do Brasil, no estado do Rio de Janeiro, foi verificado que os seus itens alimentares predominantes são frutos, em maior proporção do Pau-óleo Alchornea triplinervia, e insetos, principalmente coleópteros3.
Field notes
Entre em contato com a autora para mais informações: info@avesbrazil.org