General Informations
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Wingspan
Nests : location, seasons and description
Hábitat
Vive em florestas, especialmente nas bordas e em clareiras. Visita capoeiras, pomares e quintais de casas próximas à mata.
Locais de observação de ninhos
Quebrangulo, Alagoas (11 ninhos). Endêmica da Mata Atlântica do Nordeste. Estados de Alagoas e Pernambuco
Epoca de reprodução
Fevereiro a abril em Quebrangulo
Ninho
Em forma de taça acomodada em cachos de bananas (3 ninhos) ou em uma bromélia epífita (5 ninhos) e nos interstícios de uma rebrota de galhos de uma árvore Erythrina sp., que são podadas e utilizadas como cercas vivas em Quebrangulo (2 ninhos). Também construído na bifurcação de um galho lateral de um cafeiro (1 ninho).
São construídos principalmente com fragmentos de folhas de bananeira, palhas de capim seco e fragmentos de casca de galhos de árvores.
Dimensões: diâmetro interno 6,8 cm, diâmetro externo 10 cm, altura externa 6 cm, altura interna 3 cm. Peso: 20-30 g (2 ninhos).
Outros estudos mencionam que o ninho é construído em forma de taça utilizando-se radículas, fibras vegetais e folhas secas2,4,7.
Também indicam que o casal geralmente nidifica em bromélias arborícolas e que foram observados levando material para a construção do ninho numa bromélia epífita a cerca de 10 m de altura do solo1,2,3,4,5,6.
Essas informações corroboram com as
Eggs and young
Ovos
Média de postura de 2,4 ovos (17 ninhos). Tem a coloração azul esverdeado, fortemente manchado de marrom arroxeado e ferrugem, às vezes com alguns pontos pretos, formando uma faixa contínua no polo arredondado. Dimensões: 22 x 15,9 mm, peso: 2,5 g , (10 ninhos). Forma oval pontiaguda a oval, tipo longo .
Em cativeiro, foi verificado que postura dessa espécie é de 3 a 4 ovos4.
Incubação
15 dias (1 ninho), 17 dias (1 ninho).
Outros autores também mencionam que o período de incubação é de cerca de 15 a 17 dias4
Os jovens
Nascem cobertos com uma penugem cinza, fina e esparsa. Pele cinza escuro, bico cinza com as comissuras brancas, garganta vermelha. Ao deixar o ninho sua plumagem é esverdeada, com algumas penas da cabeça manchadas de cinza escuro. O juvenil tem penas das asas azuis e amarelas e a parte de trás do dorso tem cor alaranjada. A diferença para os adultos é a cabeça, as costas e o peito, que são esverdeados.
Outros estudos indicam que os jovens atingem a maturidade sexual aos 12 meses de vida4
Permanência dos jovens no ninho
15 dias (2 ninhos), 16 dias (1 ninho)
General behavior
Comportamento geral
Movimenta-se em bandos de 8 a 12 indivíduos, em grupos familiares com os jovens de ninhadas anteriores e/ou outros adultos, em busca de pequenos frutos silvestres (como por exemplo da Imbaúba). Também come frutas cultivadas, como goiabas, bananas e pequenas pimentas vermelhas que ele engole inteira.
Freqüentemente se mistura com outros grupos de Traupídeos. Geralmente se aproxima de residências localizadas próximas à borda da mata ou em clareiras, onde também explora os alimentos dos humanos. Emite chamados curtos e agudos enquanto se deslocam. Machos e fêmeas constroem o ninho, incubam os ovos e alimentam os filhotes com bagas e sementes, polpa de frutas e, às vezes, insetos. Após a alimentação os adultos costumam retirar do ninho os sacos fecais dos jovens.
Constroem o ninho cuidadosamente escondido em cachos de bananas ou no coração de tufos de bromélias ou outras plantas.
Nos anos de 1990 a 2001, todos os ninhos encontrados estavam escondidos em nichos de plantas protegidos por todos os lados e poderiam ser considerados ninhos do tipo “fechados”. Para nossa surpresa, observamos, em janeiro de 2002, um casal construindo um ninho “aberto”, ou seja, uma simples taça aberta e livre de todos os lados, no galho lateral de um cafeeiro. Os materiais eram talos finos, nervuras de folhas e bastante palha seca de bananeira. Este ninho produziu 2 filhotes em 23 de fevereiro de 2002.
Com referencia a alimentaçãp, outras pesquisas revelam que a espécie é preferencialmente frugívora, no entanto também se alimenta de artrópodes (insetos e aranhas), que são capturados na folhagem das árvores e eventualmente junto com os frutos. Relatam que os frutos pequenos são ingeridos inteiros, enquanto os maiores e com polpa abundante são bicados e que eles ocasionalmente alimentam-se de pétalas de inflorescência de goiabeira e jambeiro (Myrtaceae), as quais são puxadas em pequenos pedaços pelo bico. Os referidos autores indicam que os principais frutos ingeridos por Tangara fastuosa são: (Miconia sp) Melastomataceae, (Cecropia sp) e (Schefflera morototoni) Araliaceae e que a espécie às vezes se aproxima de habitações nas bordas florestais4,5,6.
Esses mesmos autores hipotetizam que parece haver uma relação entre abundância de frutos de melastomatáceas (Miconia sp) e abundância de traupídeos, dentre eles, Tangara fastuosa que é um dos principais dispersores de sementes de bromélias, uma vez que a espécie se alimenta de seus frutos e os dispersa pela floresta e por fragmentos próximos4,5,6.
Os pesquisadores mencionaram ainda que essa espécie costuma se misturar com outras, tanto que observações realizadas no estado de Pernambuco registraram sua presença em bandos mistos com Tangara cyanocephala, Tersina viridis, Dacnis cayana, Cyanerpes cyaneus, Tachyphonus rufus, T. cristatus, Tangara cayana e Euphonia violácea, T. cyanocephala, Tangara velia, Tachyphonus cristatus e Thraupis palmarum, Hemithraupis flavicollis5,6.
Por último, os autores relataram que que a espécie é, de certo modo, oportunista, capaz de se reproduzir e forragear em diferentes estratos e fisionomias florestaise e que o seu período reprodutivo concentra-se nos meses com menor pluviosidade, que, na região Nordeste do Brasil, vai de outubro a abril4,5,6.
Field notes
Entre em contato com a autora para mais informações: info@avesbrazil.org