Thraupis sayaca

General Informations

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Wingspan

Nests : location, seasons and description

Habitat

Habita diferentes tipos de paisagens abertas e arborizadas, desde as áreas mais úmidas do litoral até o interior das caatingas e dos cerrados. Pode ser visto ao longo de estradas rurais, em pomares e nos jardins próximos às casas no campo e nas cidades, nos parques urbanos e também na orla das florestas.

Locais de observação dos ninhos

Quebrangulo, Alagoas (22 ninhos), Arcos, Minas Gerais (20 ninhos), Camaçari, Bahia (7 ninhos), Altamira, Bahia (2 ninhos), Poconé, Mato Grosso (2 ninhos).

Período de reprodução

De novembro a maio em Quebrangulo com maior número em fevereiro e março, de janeiro à abril em Altamira e Camaçari, de outubro a dezembro em Arcos et em Poconé.

Ninho

Em forma de taça, bem camuflada entre pilhas de folhas secas, no coração de bromélias epífitas, em cachos de bananas o em nichos de barrancos. O ninho é construído com folhas secas, lamelas finas de cascas de árvores e fibras vegetais, todas mantidas com fios de teias de aranha. As paredes do ninho são grossas e, dependendo da região, o pássaro incorpora painas na estrutura externa. O Interior é forrado com fibras e material lanoso e macio.

Alguns autores mencionam que um ninho em forma de taça encontrado no Estado do Mato Grosso possuía alguns materiais antrópicos, como lã sintética, tecidos e plástico1.

Altura 2 a 4 m do solo (11 ninhos), raramente mais baixo (um ninho à 1 m) ou mais alto (um ninho a 10 m). Diâmetro externo 11,5 cm, diâmetro interno 6,5 cm, altura externa 7,5 cm, altura interna 4,5 cm (10 ninhos). Peso: 30 g (4 ninhos).

Eggs and young

Ovos e postura

A postura média é de 2,3 ovos (35 ninhos). O ovo é de coloração esverdeada, manchada densamente com marcas marrom-avermelhadas e marrom escuro, alongadas. Já encontramos ovos verdes uniformes sem manchas. Forma oval a oval pontiagudo.

No estado do Mato Grosso os ovos foram descritos como sendo cinza-claro com manchas marrons e posturas de dois ovos1.

Incubação

14 dias (1 ninho), 16 dias (1 ninho), em Arcos, Minas Gerais

Os jovens

Pele marrom-avermelhada escura, coberta com uma camada fina de penugem em todas as partes superiores do corpo. Bico cinza claro, com comissuras brancas, garganta vermelho brilhante e língua com manchas amareladas.

Ao voar do ninho sua plumagem é cinza-esverdeada no dorso, as asas são mais escuras e a barriga é cinza-claro, o bico é escuro com comissuras brancas.

Permanência dos jovens no ninho

15 dias (1 ninho), 16 dias (1 ninho), 17 dias (1 ninho).

General behavior

Comportamento geral

Frugívoro, come diferentes tipos de frutas: goiabas, mamões, bananas, frutos de cactáceas e muitas outras bagas que são ingeridas juntamente com suas sementes. com frutas, bagas e insetos.

Às vezes, excava a polpa de mamões maduros, dos quais se alimenta. Também captura larvas, besouros e outros insetos na folhagem. Persegue cupins alados em voo.

Observamos que ambos os adultos alimentam os filhotes. Pesquisas do Mato Grosso também indicam que o criado parental é feito pelo casal1.

Emite um canto bem modulado e rápido e muitas vezes vocaliza perto do ninho.

O ninho é construído pelo casal por aproximadamente em 6 á 12 dias (2 ninhos). Eles frequentemente reconstroem seu ninho no mesmo local: em Arcos, eles reconstruíram o ninho por vários anos na moldura da porta da frente de uma fazenda.

Algumas vezes, o ninho estava parasitado pelo chupim Molothrus bonariensis.

A literatura indica que no oeste de São Paulo o sanhaçu azul é parasitado pelo chupim e afirma sendo que o parasitismo é mais acentuado em ambientes mais alterados pelo homem3.

Na literatura também é mencionado que são encontrados aos casais, especialmente durante a estação reprodutiva. Também pernoitam aos pares, na maioria das vezes em meio às folhagens de árvores entre 4 a 6 m de altura, o que sugere um padrão reprodutivo monogâmico dessa espécie4.

Pesquisadores na região sudeste do Brasil, no estado de São Paulo, registraram a espécie alimentando-se de folhas da árvore Maria faceira Guapira opposita e relataram que em grupos com mais de dez indivíduos eles consumiram indistintamente e em grande quantidade tanto as folhas mais novas quanto as folhas mais maduras da árvore que possui pouco mais de 3 m de altura. A razão para esses indivíduos terem preferido a ingestão de folhas ricas em alcalóides e outras substâncias químicas ao invés de frutos carnosos maduros mais atrativos e disponíveis no local ainda é insuficientemente conhecida2.

Field notes

Entre em contato com a autora para mais informações: info@avesbrazil.org

Videos

(Thraupis sayaca) Sayaca tanager/Sanhaçu-cinzento