Turdus albicollis

General Informations

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Wingspan

Nests : location, seasons and description

Habitat

Ocorre em áreas de florestas primárias, eventualmente secundárias, bosques, áreas de fragmentos florestais, em regiões de florestas montanas e submontanas2,3,4,7,8. Na região Nordeste do país, especialmente nos estados de Alagoas, Pernambuco e Bahia, limita-se a áreas de Mata Atlântica7,8.

Apesar de não ser observado com tanta frequência quanto outras espécies de seu gênero, o sabiá-coleira tem uma ampla distribuição no Brasil, ocorrendo desde o extremo Norte (nos estados de Amapa e Roraima) até o extremo sul do Rio Grande do Sul7,10.

Localidades de observação dos ninhos

Quebrangulo, Alagoas (44 ninhos)

Época de reprodução

Em Quebrangulo, o inicio do período reprodutivo se situa na época seca de dezembro à fevereiro (4 ninhos), e atinge o auge no inicio do periodo chuvoso de março e (a?) maio (40 ninhos).

Na região Sudeste, mais especificamente no estado de São Paulo, a estação reprodutiva se concentra no inicio do periodo chuvoso, nos meses de setembro à fevereiro.

na época seca de setembro e se prolonga durante a época chuvosa até fevereiro2.

Pesquisas indicam que durante o período reprodutivo a fêmea do sabiá-coleira pode originar entre 3 e 4 ninhadas10.

Eggs and young

Ninho

E uma tigela geralmente situada em quebraduras de troncos de árvore a pouca profundidade de maneira que o adulte, ao chocar pode colocar a cabeça por fora do ninho para vigiar os arredores. Alguns ninhos estavam localizaos em paredões de rochedos no meio da floresta.

O material do ninho consiste em raízes, talos e musgo bem compactados. Em Quebrangulo, observamos uma vez que a ave colmatou (fechou) a abertura do tronco por baixo do ninho com barro. Outra vez os adultos dimuiram a abertura da cavidade forrando-a com importantes quantidades de musgo e lichen (barba de velho). (Ce § est assez différent de celui que tu m’as donné sur papier, donc je ne peux pas intervenir. Il faut que tu vérifies)

Outros autores observaram ninhos em tufos de bromélias, galhos de árvores ou abrigados em diversas fendas, geralmente cobertas por plantas como trepadeiras. O ninho consiste em uma taça profunda, elaborada a partir de um emaranhado de finas raízes, musgos, veias foliares e húmus. Os ninhos descritos por outros pesquisadores seguem o mesmo padrão7,10. (Idem § précédent. Il faut que tu vérifies)

J’ai l’impression que tu as déjà fait la révision de cet oiseau.

Dimensões: diâmetro exterior 13,5 cm, diâmetro interior 8 cm, altura exterior 9,5 cm, profundidade interna 5 cm, peso 100 g (7 ninhos).

A altura do solo dos ninhos estava entre 1 e 2 metros (18 ninhos), entre 2 e 4 metros (9 ninhos), entre 5 e 7 metros (9 ninhos).

No estado do Paraná, um ninho foi encontrado a 5 metros de altura do solo9 dado que reforça nossas informações obtidas no Nordeste.

Ovos e postura

Postura média de 2 ovos (30 ninhos), de 3 ovos (10 ninhos). Esses ovos possuem uma bela coloração azul esverdeada com manchas castanhas escuras ou marrons, e é possível também observar algumas estrias roxas. Dimensões médias 27,1 x 19,5 mm, peso 6 g (15 ovos). Forma oval pontiaguda a oval pontiaguda longo.

Dados da litratura indicam também posturas de 2 a 3 ovos por ninhada10.

Incubação

Em Quebrangulo o período variou entre 14 (1 ninho) e 15 dias (4 ninhos).

Outros autores observaram um período médio de incubação dos ovos é de 13 dias10.

 Os jovens

Os filhotes nascem praticamente nus, com uma penugem de cor bege-amarelada na cabeça e nas costas. Em detalhes observados em nosso estudo em Quebrangulo, os ninhegos apresentam a pele alaranjada com pregas amarelas. A cabeça e as asas são esverdeadas, bico e pernas bege, garganta amarela-alaranjado.

Já com 10 dias é possível observar uma plumagem de cor castanha-acinzentada no topo e branca na barriga. (Idem, ce § est à vérifier car il ne correspond pas à la version papier)

Permanência dos jovens no ninho

 De 13 a 15 dias (2 ninhos) em Quebrangulo-AL.

General behavior

Comportamento geral

 Esta espécie tem a reputação de ter o mais belo cântico entre as sabiás (Turdidae). Move-se em altura média em busca de bagas e frutos, mas também revira folhas mortas no serrapilheira  à procura de insetos e larvas4,10. Ave muito discreta e solitária, não é observada na presença de outras espécies. Em Quebrangulo, é exclusivamente florestal e tende a procurar a proximidade de cursos de água e pântanos localizados na floresta, reforçando a ideia de que o sabiá-coleira necessita de áreas de mata para sua ocorrência.

Assim como as demais sabiás, a sabiá-coleira é um importante dispersor de sementes de diversas espécies de plantas, desde pioneiras até espécies ameaçadas de extinção.

Em estudo realizado em Florianópolis, estado de Santa Catarina, na região Sul do país, o sabiá-coleira foi registrado como uma espécie dispersora da palmeira juçara Euterpe edulis, ameaçada de extinção na Mata Atlântica3.

Em outro estudo acerca da dieta de aves do gênero Turdus, o sabiá-coleira foi considerado também de importância para a disseminação de sementes do buxixu Miconia prasina, espécie arbustiva nativa de caráter pioneiro, encontrada em áreas em regeneração e bosques1. Graças à ampla diversidade de frutos que compõem a dieta de T. albicollis, podemos considerá-lo de importância para a manutenção de áreas em bom estado de conservação, em função da dispersão de sementes de espécies botânicas.

São aves socialmente monogâmicas, mas que apresentam comportamentos de cópulas extra-par, originando filhotes extra-par, um comportamento que não é raro no gênero Turdus2. Um estudo realizado no estado de São Paulo, região Sudeste do país, registrou ninhos de sabiá-coleira com ao menos um filhote oriundo de cópula extra-par2. Os autores então sugerem que assim como outras espécies de aves neotropicais, o sabiá-coleira apresenta esse tipo de comportamento reprodutivo como uma estratégia, uma vez que suas populações podem habitar ambientes variados e distintos2. Com isso, a variabilidade genética oriunda de cópulas extra-par contribuiriam positivamente para originar indivíduos mais resistentes e adaptáveis a distintas situações2.

Field notes

Entre em contato com a autora para mais informações: info@avesbrazil.org

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